Moran Cerf afima que o segredo está nas pessoas com quem passamos a maior parte do nosso tempo. Este neurocientista da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, que se dedica a estudar o processo humano de tomada de decisão, defende que a melhor forma de ser feliz não tem relação com experiências, bens materiais ou atitudes perante a vida.
Segundo as suas investigações em neurociência, quando duas pessoas usufruem da companhia uma da outra as suas ondas cerebrais tornam-se quase idênticas. Um estudo conduzido com espetadores de cinema, por exemplo, demonstrou que os mesmo traillers de filmes produzem efeitos idênticos nos cérebros de quem os vê.
“Ao estudar as relações humanas percebemos que a simples proximidade física de certos indivíduos alinha os seus cérebros”, afirma Cerf ao Business Insider, tendo como base o meio ambiente comum a duas ou mais pessoas.
Para comprovar esta teoria, o investigador baseia-se em duas premissas. A primeira está relacionada com o processo de tomada de decisão. As escolhas constantes que temos de fazer, das mais complexas às mais simples, como o que vestir ou o que comer, provocam cansaço porque a energia do cérebro para tomar decisões é limitada. A segunda premissa é a crença que as pessoas têm de ter controlo sobre a sua própria felicidade.
Desta forma, e segundo este neurocientista, a fórmula para ser feliz consiste em tomar menos decisões e rodear-se de pessoas com os traços de personalidade com os quais se identifica mais.