A ordem dos psicólogos adverte
"Convido administradores e gestores a priorizarem, em 2020, acções para construírem, verdadeiramente, com base na evidência científica, locais de trabalho saudáveis, promovendo a saúde psicológica nas suas organizações."
"Ao longo dos últimos anos tem sido crescente a aposta das empresas na área da saúde e da “felicidade”. Sucedem-se acções muito diversas desde a ginástica, o ioga, a meditação, até ao acesso a consultas em várias áreas da saúde, incluindo algumas ditas terapias não convencionais. São pacotes e pacotes de “ofertas” aos trabalhadores a cobro da dita busca pela felicidade ou por mais saúde dos trabalhadores. O pouco que isto possa significar por ano, por trabalhador, em certas empresas já assume valores consideráveis, podendo ascender aos 4.300 dólares por trabalhador (700 dólares directos), como por exemplo numa empresa da grande distribuição.
E os resultados? Em bem-estar ou em produtividade por exemplo? Estão a ser avaliados? Durante quanto tempo se mantêm? E os principais custos para as empresas ou para o Estado serão mesmo os que concernem à saúde física, com custos médicos ou farmacológicos associados, ou mesmo o absentismo? E não será a saúde psicológica promovida através de técnicas avulsas e descontextualizadas, algumas vezes agravadas por serem aplicadas por quem nada mais sabe do que alguma coisa sobre a aplicação da técnica?" Leia mais.