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Published: 14 de Setembro, 2019

Recuar dois anos e meio na sua idade biológica

Recuar dois anos e meio na sua idade biológica? Sim, é possível.

Um estudo realizado na Califórnia, nos Estados Unidos, revelou que pode ser possível reverter o envelhecimento e não apenas retardá-lo.

Um estudo publicado a 5 de setembro na revista científica “Aging Cell” refere que pode ser possível recuar a idade biológica. A solução está num cocktail de três medicamentos: uma hormona de crescimento e dois medicamentos para diabetes, de acordo com a investigação liderada pelo geneticista Steve Horvath, da Universidade da Califórnia.

Para o estudo, a equipa administrou a mistura a nove voluntários saudáveis, entre os 51 e os 65 anos. O resultado foi surpreendente até para os investigadores quando descobriram que a idade biológica diminuiu cerca de dois anos e meio.
“Esperava ver uma desaceleração do relógio biológico, mas não uma reversão”, disse Horvath, à revista “Nature”. Este tipo de solução “parecia quase futurista”, acrescentou.

Segundo a “Nature”, é o primeiro estudo a demonstrar que é possível reverter o envelhecimento biológico.

A comunidade científica é que parece desconfiar da investigação, por ter sido realizada com uma amostra demasiado pequena. “Os resultados não são sólidos, porque o estudo é muito pequeno e não é bem controlado”, aponta Wolfgang Wagner, da Universidade de Aachen, na Alemanha.

A hormona do crescimento administrada às nove cobaias tem a capacidade de regenerar o timo. A glândula, que está no peito entre os pulmões e o esterno, é “responsável pelo amadurecimento dos linfócitos T, um grupo de glóbulos brancos que determina a eficiência do sistema imunitário na luta contra infeções e contra o cancro”. Mas começa a encolher após a puberdade e fica cada vez mais entupida de gordura com o tempo.

Como esta hormona pode causar problemas de diabetes, os cientistas juntaram-lhe os dois medicamentos.

Os investigadores usaram as ressonâncias magnéticas para determinar a composição do timo no início e no final do estudo e descobriram que em sete dos nove participantes, a glândula tinha aumentado de tamanho e a gordura à volta tinha diminuído. O mais impressionante foi quando a equipa verificou que as características do ADN também se tinham alterado para um padrão mais semelhante ao de alguém mais novo.

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